Uma história muito disseminada entre as pessoas é o fato de qualquer planta que viva em cima de uma árvore ser um “parasita”, levando a ações destruidoras destes importantes vegetais, principalmente aqueles que não apresentam flores vistosas, causando imensos prejuízos ao equilíbrio ambiental.
Na biodiversidade tropical, em biomas como a Mata Atlântica, onde a cidade de São paulo está inserida, quase todas as árvores de uma floresta madura apresentam epífitas, plantas herbáceas que apenas usam a árvore como suporte, sem prejudicar e sugar nada, e neste grupo estão as orquídeas, bromélias, aráceas e samambaias. Sua importância no ambiente vai muito além da beleza, sendo bioindicadoras do estado de conservação da floresta, contribuindo, dependendo da espécie, com o fornecimento de recursos alimentares e água à cadeia alimentar e na ciclagem de nutrientes na mata.
Os verdadeiros parasitas de árvores na natureza são muito poucos, sendo o mais comum a erva-de-passarinho e o cipó-chumbo, e nunca as epífitas.
Em 1918, o eminente Botânico Hoehne fez um trabalho de campo sobre as orquídeas dos arredores de São Paulo, e encontrou um grande número de espécies diferentes e novas para a ciência, como a Spiranthes butantanensis Hoehne, batizada com seu nome. Provavelmente, essas espécies não ocorrem mais na Cidade atualmente devido a nossa intensa urbanização.
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